quarta-feira, 5 de março de 2014

Jesus Antes de Cristo



Neste especial do Nat Geo, exploramos os mistérios de uma tábua de pedra recentemente descoberta que poderia mencionar a existência de um messias anterior a Cristo e que teria ressuscitado três dias depois de sua morte. 


Especificações Técnicas
Título Original: The First Jesus?
Qualidade: HD 720p
Emissora: NatGeo




A Revelação de Gabriel


A Revelação de Gabriel (também chamada de Hazon Gabriel) ou a Pedra de Jeselsohn é uma tábua de pedra de 1 metro de altura com 87 linhas de texto Hebraico escrito em tinta, contendo uma coleção de profecias curtas escritas em primeira pessoa e datadas do fim do 1º século a.C.. Uma das versões (supostamente) conta a história de um homem que foi morto pelos Romanos e ressuscitou em três dias. A tábua é descrita por alguns como "Pergaminho do Mar Morto em pedra", em uma alusão aos textos encontrados em Qunram entre 1946 e 1956.

Origens


A tábua (sem procedência confirmada) provavelmente foi encontrada perto do Mar Morto por volta do ano 2000 e tem sido associada a mesma comunidade que criou os Pergaminhos do Mar Morto. O uso de tinta na pedra o torna relativamente raro. Está em posse do Dr. David Jeselsohn, um colecionador Suíço-Israelense, que o comprou de um comerciante de antiguidades da Jordânia. Na época da compra, ele não tinha ciência da importância do artefato.

Recepção


A descoberta causou controvérsias entre os estudiosos. Israel Knohl, um especialista em linguagem bíblica e Talmudica da Universidade Hebraica de Jerusalém, lê as inscrições como um comando do anjo Gabriel para "que se levante dos mortos em três dias". Ele acredita que esse comando é direcionado ao rebelde Judeu do primeiro século chamado Simão, que foi morto pelos Romanos no ano 4 antes de Cristo. Na visão de Knohl, a descoberta "pede por uma completa revisão do conhecimento acadêmico sobre messianismo, tanto Judeu quanto Cristão.

O professor aposentado Stan Seidner concorda que a tábua reflete as crenças Apocalípticas da época, muitas das quais são encontradas nos Pergaminhos do Mar Morto, como escritos prevendo e antecedendo a vinda do Cristianismo. Ele também sugere que analisem com aplicações de tecnológicas de infravermelho, similares àquelas utilizadas nos Pergaminhos do Mar Morto recentemente. Apesar de concordar com a interpretação de Knohl a respeito da inscrição "se levantará dos mortos em três dias", Steiner discorda quanto a datação da tábua. Segundo Steiner a data predata a ascendência de Heródes ao trono em "pelo menos 12 anos, até 150 anos."

Por outro lado, Ben Witherington - especialista em Cristianismo primitivo no Seminário Teológico de Asbury em Kentucky - afirma que a palavra interpretada como "erga-se" (rise) poderia simplesmente significar "apareça" (show up). Na conferência do Museu de Israel em Jerusalém, entre o dia 6 e 8 de Julho de 2008, marcando o 60º aniversário da descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto, Knohl apresentou um artigo sobre a tábua.

Victor Sasson, estudioso bíblico e especialista em epigrafia do Hebraico e Aramaico, discorda de Knohl.






Simão de Pereia


Simão de Pereia ou Simão, filho de José, era um escravo de Heródes, o Grande, que se rebelou e foi assassinado pelos Romanos no ano 4 a.C.. Simão foi identificado como messias da Revelação de Gabriel. Ele é mencionado pelo historiador Flávio Joséfo. 

"Havia também Simão, um escravo do rei Heródes, mas em outros aspectos, uma pessoa graciosa, com um corpo alto e robusto; ele era muito superior aos outros de sua ordem, e tinha grandes coisas submetidas a seus cuidados. Esse homem foi elevado no estado desordeiro das coisas, e foi corajoso o suficiente para colocar um diadema (adorno real) em sua cabeça, enquanto um pequeno grupo de pessoas o apoiou e por elas ele foi declarado rei, e pensou ser mais digno daquela honra do que qualquer outro... Ele queimou o palácio real em Jericó e pilhou o que restou nele. Também incendiou muitas outras propriedades do rei em diversos outros locais da nação, destruindo-as e permitindo que seus companheiros pegassem o que restara. Ele realizaria grandes feitos, mas cuidados foram tomados para reprimi-lo imediatamente. (o comandante da infantaria de Heródes) Gratus se juntou a alguns soldados Romanos, e se encontrou com Simão. E depois de uma grande e longa batalha, aqueles vindos de Pereia foram destruídos (um corpo desordenado de homens, lutando de maneira valente, sem experiência em combate) Apesar de Simão ter se salvado, fugindo através de um certo vale, Gratus o capturou e decepou a sua cabeça." - Flávio Joséfo, Jewish Antiquities 17.273-276